terça-feira, 16 de novembro de 2010

Emaús celeste

Foto: Emaús enfim, sou eu

Nos dias quatro a cinco de novembro de 2010 aconteceu em Florianópolis o 67º. curso do Emaús Masculino da Arquidiocese de Florianópolis. Um Emaús histórico! O primeiro Emaús sem a presença do Monsenhor Francisco de Salles Bianchini, orientador emérito do Movimento de Emaús. Foi o primeiro Emaús sem o padre Bianchini ponderando, sugerindo e orientando a dinâmica do curso mas, desta vez, contávamos com a presença espiritual de Monsenhor Bianchini no Emaús celeste, intercedendo por cada jovem cursista, pela equipe de trabalho e por todos que passaram pela comunidade de Emaús.
O Emaús sem monsenhor Bianchini aconteceu de forma natural, marcado pela saudade, pelo sentimento de ausência e pelas recordações de carinho, doação e zelo dedicadas ao longo se sua vida pelo Emaús.

Com este curso é inaugurada a nova geração de jovens do Emaús, jovens que não conheceram o Padre Bianchini, que não tiveram a oportunidade de ouvir sua voz forte, contemplarem seus olhos azuis brilhantes e cheios de lágrimas quando, comovido, falava-nos de Jesus. Surge a geração Emaús do “ouvi falar”. Ouvem falar de um padre que doou sua vida e seu sacerdócio pela causa da juventude, que formou tantos jovens na escola do Evangelho e que soube curar feridas e apontar caminhos em uma época muito marcada pelo relativismo.

Padre Bianchini continuará zelando, cuidando e orientando o Movimento de Emaús, e agora de uma forma muito mais plena. Ao lado do Monsenhor Calazans, fundador Nacional do Movimento de Emaús e do Padre Carlos Rogério Groh, esperamos que Monsenhor Bianchini viva o Emaús celeste, um Emaús infinitamente maior do que aqueles três dias inesquecíveis que marcaram a vida de tantos jovens na terra.

É um Emaús de grandeza incomparável. Lá não há palestras sobre relacionamentos, fé e esperança; lá se vive o amor em Deus. Uma pequena fração do que o Padre Bianchini nos ensinava aqui na terra e que já era suficiente para revermos a nossa vida e experimentarmos o amor de Deus.

Vilmar Dal-Bó Maccari